Projeto Colméia Reciclando a Vila Olímpia

    Sociedade Civil Organizada

    15/08/2014

    Sobre o Projeto

    Descrição

    A coleta seletiva é um dos principais instrumentos para uma boa gestão dos resíduos sólidos. Existem vários modelos que podem ser adotados, mas os principais são a coleta porta a porta, que nada mais é do que a coleta por um caminhão em cada domicílio, e a coleta ponto a ponto, onde a população leva seu resíduo até um local próprio, determinados PEVs (Ponto de Entrega Voluntária). Por conta disso, com o apoio e parceria do Movimento Colméia, a associação de moradores, empresários e usuários do bairro, o Instituto GEA implantou o programa Reciclando a Vila Olímpia. O Programa tem por objetivo a coleta dos resíduos recicláveis de condomínios residenciais e comerciais, restaurantes, entre outros. Tendo sempre a visão sócio-ambiental, pois traz melhorias ambientais, com a redução do lixo disposto no bairro e envio dos materiais coletados para reciclagem, sendo assim traz também benefícios social, pois o material coletado vai para uma cooperativa de catadores.

    O que motivou a iniciativa

    O que motivou a iniciativa foi primeiramente o Descarte irregular de resíduos. No bairro da Vila Olímpia os resíduos eram jogados nas ruas e calçadas. Outro motivo foi a exploração dos catadores de rua.

    Principais resultados

    O número de estabelecimentos que participam do programa, de todos os tipos, teve um decréscimo em 2011, devido à mudança no formato do programa. No entanto, a alta eficiência e responsabilidade na coleta, característica atual do programa, fez com que o número de atendidos fosse aumentando, porém há um limite diário para a execução das retiradas. Atualmente, estamos com uma coleta ocorrendo duas vezes por semana, mas estamos analisando a possibilidade de colocar mais um dia da semana, pois há alguns estabelecimentos em lista de espera para entrar no programa. O número de integrados passou de 16 estabelecimentos, em 2004, para 51 participantes em 2013.No ano de 2013, o volume coletado por dia passou de 35.000 litros para 55.000 litros (de 7 para 11 kombis cheias) por dia. Esse resultado se deve ao aumento de número de pontos de coleta, mas principalmente à maior quantidade de recicláveis separada pelos estabelecimentos integrados.De uma maneira geral, apesar das dificuldades externas e da própria característica dos catadores que, por serem pessoas com nível cultural baixo e pouco conhecimento das regras do funcionamento empresarial, nem sempre apresentam um atendimento ao “cliente” em nível empresarial, o nível de satisfação vem aumentando. Em 2007 nosso índice era na ordem de 75% a 85%, hoje estamos com um índice na ordem de 100% de satisfação. O que demonstra que a cooperativa tem conseguido atender à ampliação do programa, com a infraestrutura de que dispõe e que o sistema de coleta é funcional.

    Desafios Enfretados

    . A Vila Olímpia tem características que, se por um lado favorecem a coleta seletiva, pelo alto valor de resíduos gerados, aglomeração de empresas e condomínios, por outro lado trazem dificuldades para a aplicação de programas de coleta seletiva. Podemos listar algumas: 1) bairro de ocupação mista : residencial e comercial, com grande geração de resíduos recicláveis; 2) área muito adensada, com congestionamentos constantes e problemas de trânsito, que dificultam a operação de coleta das cooperativas; 3) alto poder aquisitivo e cultural dos moradores e funcionários de empresas, que circulam pela área; 4) existência de entidade associativa, com relacionamento com a população moradora e com as empresas instaladas na região; 5) bairro que cresceu muito rapidamente na última década, tornando-se um dos novos pólos econômicos da cidade. Esse programa, cujos beneficiários foram cooperativas de catadores da Zona Sul do município, sempre funcionou precariamente, especialmente devido às dificuldades encontradas pelas cooperativas de catadores em gerenciar a coleta porta a porta. O programa começou realmente a naufragar a partir de 2009, devido principalmente às restrições impostas à circulação de caminhões pela Prefeitura de São Paulo e à maior fiscalização da CET. Com as restrições à circulação dos caminhões e ao estacionamento, as cooperativas passaram a não operar mais a coleta no bairro, apesar da alta geração de resíduos. Isso porque, como os caminhões não podiam entrar nos condomínios e empresas devido ao seu porte, a coleta era muito difícil (pois os resíduos usualmente são armazenados nos subsolos). O Instituto GEA e a Colméia resolveram então tentar experimentar um novo modelo, em que se pudesse contar com a participação da população atendida pela coleta para pagamento de um veículo. Nesse modelo é feito um rateio para contratação de um veículo de pequeno porte, que não apresenta problemas para estacionar, entrar nas garagens ou circular livremente pelo bairro, e é encontrada uma área nas proximidades para armazenamento temporário dos resíduos recicláveis coletados, fazendo com que esse material somente seja retirado pelo caminhão das cooperativas à noite, quando a circulação é livre e os problemas de tráfego são menores. O depósito provisório fica no Ecoponto situado embaixo do Viaduto Bandeirantes, que está sendo utilizado com autorização da Subprefeitura de Pinheiros.

    Dados adicionais

    Nome da Instituição
    Instituto GEA - Ética e Meio Ambiente
    CNPJ
    03562070000121
    Endereço
    Rua Sampaio Viana, 190 - Paraíso - São Paulo - SP
    Equipe Técnica
    Ana Maria Domingues Luz Araci Mussolino Rita Sairi Kogachi Cortez Bruna Gonçalves Previato
    Instituições Parceiras
    Associação Colméia

    Categorias

    Catadores de Materiais Recicláveis
    Domiciliar Urbano - Fração Inorgânica

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